terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Sobre ser jardim.
Eu ouvia dois sujeitos conversarem sobre qualquer coisa que envolvia um tal de auto-desacato. Na hora não entendi muito bem, mas foi ai que um deles deu em "tapinha" de leve nas costas do outro, e começou a explicar:
É como se cada um fosse um jardim - dizia o sujeito ficando de pé em frente ao outro- e cada um tem de cuidar dele para si mesmo, plantando e colhendo e guardando lá só as flores que tem cores e formas de seu agrado, pra que sinta-se sempre satisfeito consigo mesmo. Mas é inevitável que algumas alturas da vida a grama acabe sendo um pouco esquecida, e as árvores mal podadas, e algumas flores de cheiro que não te agrada vão tomando conta do seu espaço. Mas é nessa hora que precisa lembrar-se que apesar de não viver só no mundo, o seu mundo tem que ser do seu jeito. Afinal, são as flores que você admira que vão fazer algumas pequenas pragas valerem a pena.
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Coisas quebradas são para serem consertadas, todo lixo deve ser reciclado, até as folhas mortas viram adubo, e até mesmo as pessoas - e principalmente as pessoas - são para serem restauradas.
Tudo na vida se emenda, se remenda, se inventa.
Foi como arrancar as ervas daninhas do meu jardim, desfazendo quase tudo que não devia ficar. Algumas manias sem sentido, algumas pessoas sem futuro, alguns caminhos esquisitos.
Vou ficando só com que havia de bom, e mesmo não sendo muito, é como se gostar mais. Agora? agora é hora é plantar, construir.
Vem 2010, vem.
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